Tuesday, July 25, 2006

Grupo articula desfiliação do PTB

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 25/7/2006

Descontentes com os rumos de seu partido, o vereador Juarez Silveira e o procurador da Assembléia Legislativa Michel Curi, ambos do PTB, declaram abertamente a decisão de se desligarem da legenda.
O futuro não está definido, mas o próximo passo é costurar um novo grupo em apoio à campanha de reeleição de Luiz Henrique da Silveira (PMDB).
"Vamos ajudá-lo a combater o Amin aqui na Capital", explica Curi, que teve cinco mandatos como vereador. As conversas com os membros em potencial estão avançadas e os nomes devem vir a público nas próximas semanas. Na tentativa de favorecer LHS, os "amigos antigos" procuram alistar vereadores, lideranças jovens, suplentes da Câmara da Capital e ex-vereadores. Entre eles, DJ Machado (PP) que pretende pedir sua desfiliação ainda hoje e garante sair "por estar tempo demais no partido".
Depois da eleição, os integrantes devem finalmente se juntar como bloco político organizado e se filiar à uma única legenda. Os parlamentares só decidem o futuro com a definição do quadro para 2007. A expectativa é que o território seja dividido em até sete partidos.
Os destinos mais prováveis são PMDB e PSDB.O vereador Juarez Silveira explica que o grupo atuará no âmbito municipal e será integrado por quem "sabe fazer política na cidade", diz.
Seu colega de partido é mais amplo no discurso e fala sobre projetos administrativos. "Florianópolis só pensa em turismo. Falta saneamento, rodovias e os planos de ampliação em Canasvieiras estão até hoje no papel", comenta Curi.
Outros parlamentares já participam das conversas, mas os nomes não foram revelados. Quando estiverem na ativa, o alvo principal será as eleições 2008 e possíveis coligações partidárias. Michel Curi e DJ Machado estão fora da Câmara e devem entrar de novo na corrida das urnas.

Correligionários trocam críticas

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 25/7/2006

Juarez Silveira divulgou a decisão de deixar o PTB na tribuna da Câmara Municipal. Em 2 de julho, o vereador deixou claro sua insatisfação com a liderança do partido e a falta de diálogo entre a cúpula e a linha de frente na Capital.
O petebista se opõe também as coligações deste ano e as julga como nocivas. "A definição ocorreu por motivos pessoais e vai terminar prejudicando o partido. Precisamos nos coligar com uma legenda maior", diz Silveira, referindo-se a candidatura majoritária, composta por Antonio Carlos Sontag (PSB) e Jair Miotto (PTB).
Michel Curi contesta diretamente Narcizo Parisotto, presidente do PTB catarinense. "O partido virou uma igreja com a influência dele. Sou contra misturar religião com política, as duas coisas são incompatíveis", dispara. Silveira reclama também da estrutura, que não tem nem "sala de reunião ou secretaria geral".
O presidente petebista argumenta na defesa, sem deixar de atacar os correligionários.
"Desde que ele (Silveira) se elegeu critica o partido, mas não sai. Se não está feliz, que vá para outro lugar que o deixe satisfeito", afirma Parisotto.
E emenda: "Nunca compareceu aos convites e convocações da executiva estadual. Quer apenas achar uma desculpa para sair".
Parisotto diz ter fincado a bandeira do PTB em mais de 200 municípios catarinenses desde que assumiu a presidência, há três anos. Quanto ao tema religião e política, rebate ao questionar: "pergunta se ele (Michel Curi) não tem religião?".

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