Tuesday, November 14, 2006

Complicado

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 14/11/2006

Em seu desabafo, ontem de manhã, ao colega Mário Motta, pela Rádio CBN/Diário, o vereador Juarez Silveira, detido com 180 garrafas de uísque contrabandeadas do Uruguai, sem convencer nas explicações e abusando da ironia, na hora em que tentou falar sério, conseguiu incriminar-se mais ainda perante o eleitor ao revelar que está levando o empresário Fernando Marcondes de Mattos para investir em um resort em Canela, na serra gaúcha, onde seu sogro tem hotel.
E eu que pensei que um vereador fosse eleito e pago para defender os interesses da sua cidade?

Juarez pede licença da Câmara

Diário Catarinense ; João Cavallazzi ; 14/11/2006

Indiciado pela Polícia Federal (PF) sob acusação de ter cometido o crime de contrabando, o vereador Juarez Silveira (PTB), líder do governo na Câmara da Capital, tirou licença de 15 dias para tratamento de saúde.
De acordo com ele, a decisão foi tomada depois de uma consulta médica ontem à tarde.
O exame teria detectado arritmia (alteração nos batimentos cardíacos), razão pela qual o médico particular do vereador, Oscar Zomer, sugeriu que tirasse uns dias para "descanso".
O vereador, que por volta das 16h foi à Câmara, reconheceu que cometeu um "erro" mas disse que não é "contrabandista" nem "bandido".
Garantiu que vai pagar os impostos devidos e tentar reaver as bebidas, que, segundo ele, seriam usadas em festas particulares ou dadas de presente no fim do ano. Silveira acrescentou ainda que continua sua campanha para ser o novo presidente da Casa e que sua saída da liderança do governo depende do prefeito Dário Berger (PSDB), com quem teria uma reunião ontem à noite. Patrulheiros rodoviários federais pararam a caminhonete guiada pelo vereador, na noite de quinta-feira, em uma blitz de rotina no trecho da BR-101 que passa por Palhoça, na Grande Florianópolis.
Dentro do veículo, os policiais constataram que havia caixas com cerca de 170 litros de uísque e vinho comprados na cidade uruguaia de Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul. Como não comprovou o pagamento de impostos, já que a mercadoria excedia a cota permitida para compras livres de taxas, Silveira recebeu voz de prisão.
Quando soube que seria levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), começou a passar mal. Internado em uma clínica particular, na noite de quinta, foi autuado no artigo 334, do Código Penal.
O vereador escapou de ir para a carceragem da PF na noite de sexta-feira, quando a Justiça Federal arbitrou R$ 14 mil de fiança. Sábado pela manhã deixou a clínica.
- O dinheiro para pagar minha fiança veio de amigos meus e familiares. Os nomes vão estar na minha declaração de imposto de renda - afirmou Silveira, que negou veemente que o prefeito Dário Berger (PSDB) tenha emprestado a quantia, como chegou a ser especulado.

Conversa com Dário

Diário Catarinense ; 14/11/2006

O prefeito Dário Berger afirmou ontem que só vai discutir a situação do seu líder na Câmara da Capital quando o vereador Juarez Silveira (PTB) retornar da licença médica de 15 dias, que tirou ontem.
A decisão foi tomada no final da tarde, após uma conversa entre ambos. Por enquanto, não há motivos para afastar o vereador da liderança do Executivo, informou Berger através do secretário municipal de Comunicação, jornalista Ariel Bottaro Filho.
Desde a prisão do vereador, na noite de quinta-feira, o prefeito evita falar publicamente sobre o assunto.
Amigo de infância de Silveira, Berger prestou solidariedade ao vereador na manhã de sexta-feira, quando ligou para a clínica para saber seu estado de saúde.
- Ficar na liderança do governo ou não é uma decisão do prefeito, não cabe a mim decidir. Confesso que não estou preocupado com isso, só me preocupo mesmo é com o julgamento dos meus eleitores.

DEDO-DURO

A Notícia ; Raul Sartori ; 14/11/2006

Para alguns amigos, o vereador e líder do governo na Câmara de Florianópolis, Juarez Silveira, jura que teve um dedo-duro no espetaculoso flagrante da Polícia Federal, que o prendeu por contrabando de bebidas, quinta-feira.

Liberado pela PF, vereador pede licença

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 14 / 11/2006

Após pagar fiança de R$ 14 mil para ser liberado pela Polícia Federal, o vereador Juarez Silveira (PTB) pediu licença médica de 15 dias dos trabalhos no Legislativo. Enquanto estava depondo ao delegado, na quinta-feira, o vereador passou mal e ficou dois dias internado na clínica SOS Cárdio, no Centro de Florianópolis.
O futuro político de Juarez, no entanto, é incerto.
Quando retonar aos trabalhos, ele vai conversar com o prefeito Dário Berger (PSDB) sobre a sua permanência como líder da bancada governista.Os rumores de que o petebista seria sacado do cargo começaram antes da prisão e logo após o segundo turno das eleições e davam conta de insatisfação do prefeito com o comportamento de seu líder de governo.
Um dos motivos seriam as freqüentes críticas do petebista à condução da administração municipal e a aliados do prefeito - como dirigentes da campanha para governador de Luiz Henrique (PMDB) em Florianópolis.
Mas a versão mais forte para a saída de Juarez da liderança tem relação com os elogios que o vereador fez ao casal Amin (Esperidião e Angela) em período eleitoral.
Isso teria desagradado Dário, que vê neles os principais rivais para o pleito de 2008. A saída de Juarez poderia se refletir também na exoneração de Renato de Souza, secretário de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), cunhado do vereador.
"Até agora o prefeito não me disse nada quanto à liderança do governo. O que importa é ser líder do povo e vou seguir na Câmara enquanto for eleito", disse Juarez.
Sobre a prisão, o parlamentar afirmou que foi bem tratado pela Polícia Federal, inclusive com a presença de um médico durante o depoimento.
Sua reclamação recai apenas sobre a velocidade com que a imprensa ficou sabendo da história. "Quando começaram (patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal) a vistoriar as malas, já apareceu uma equipe de TV", registrou. O vereador foi flagrado, quando retornava do Uruguai, com 164 garrafas de bebidas alcoólicas sem nota fiscal.

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