Wednesday, July 20, 2011

Começou

Juarez Silveira, que já está em campanha para vereador em 2012, aproveita o encontro no Centro para pedir o voto de duas lendas da Ilha Gito Daux e Miguel Kotzias

Sunday, July 17, 2011














Principal alvo da Polícia Federal na investigação da Operação Moeda Verde, o ex-vereador Juarez Silveira, 55 anos, conversou por telefone com o DC na quarta-feira.
Juarez teve o mandato cassado em julho de 2007. Ele disse à reportagem que ainda tem muito o que falar sobre a ação policial, mas promete as grandes revelações só depois que houver decisão final do TRF4 em Porto Alegre.

Diário CatarinenseO senhor disse que foi alvo de uma armação. Essa ainda é a sua defesa?

Juarez Silveira — A minha grande decepção foi o meu julgamento pelos meus pares na Câmara de Vereadores. Isso foi o que mais me marcou.

DC — Mais que a prisão, que ir para a cadeia?

Juarez — Eu acho que a cadeia foi um susto. Como eu nunca roubei dinheiro público, nunca mexi, nunca matei e nunca fui ao tribunal por qualquer coisa, então eu sabia que ali era um momento que tinha uma série de pessoas inocentes no meio. Foi uma vontade da delegada Julia Vergara e vontade do procurador da República. Inclusive o juiz Zenildo foi induzido a mandar invadir a casa da minha mãe, uma pessoa com 84 anos, recém viúva, sem mandar um médico junto com os policiais. Foram lá, invadiram o apartamento, fizeram as suas necessidades dentro. A Moeda Verde foi uma armadilha, uma armação feita pela Julia Vergara. O processo está lá parado. Não anda nada. Eu jamais cometi um erro.

DC — Como está a sua vida hoje, a questão financeira?

Juarez — Eu deixei de ser diretor da Codesc, deixei de ser vereador. Eu tenho 13 meses de salário com juros e correção monetária para receber da Câmara de Vereadores do período que fiquei afastado. Fui injustiçado e jamais processei alguém por falar bem ou mal de mim.

DC — Mas seria então uma suposta "vingança" contra o senhor ou para atingir outras pessoas?

Juarez — Eu acho que a Câmara foi um ato de vingança. E com o Walmor (procurador) é porque eu tinha discordado dele num debate. Mas isso é coisa do passado, já conversamos. Não guardo ódio de ninguém, mas tenho pena das pessoas que me cassaram e das que me prenderam.

DC — E as acusações?

Juarez — Tenho a consciência muito tranquila. Não tenho medo de falar de Moeda Verde, nunca me escondi, atendi a todos os oficiais de Justiça. Para viver o que eu vivi e sofrer o que sofri, a pessoa tem que ser determinada, ter preparo emocional.

DC — Mas a acusação fala que o senhor tiraria vantagens em troca da aprovação das leis.

Juarez — Se correr cartório, procurar registro de imóvel, tudo se descobre nessa cidade. Então tudo se sabe. Tenho a minha vida tranquila, meu imposto de renda está lá, estou em dia com a Receita Federal e com a Justiça. Essas pessoas que falam é por um ato de vingança.