Thursday, November 30, 2006

Menos mal

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 30/11/2006

Sobre o vereador Juarez Silveira, de quem pouco se tem falado, seus amigos não podem reclamar de um detalhe precioso: pelo menos as suas bebidas não são adquiridas no Paraguai.

Friday, November 17, 2006

Caso Juarez afeta eleição na Câmara

A Notícia ; 16/11/06

A ocorrência que envolveu o vereador Juarez Silveira (PTB), preso na semana passada por trazer bebidas alcoólicas do Uruguai sem nota fiscal e sem pagar impostos de importação, tem reflexos na disputa pela presidência da Câmara da Capital, cuja votação será no dia 21 de dezembro.
O desgaste político causado pelo episódio ao líder do governo municipal, que já tinha lançado seu nome ao cargo máximo do Legislativo, deve mudar a correlação de forças e beneficiar os demais quatro pré-candidatos: João da Bega (PMDB), João Batista (PDT), Ptolomeu Bittencourt (PFL) e Jaime Tonello (PFL).
A pouco mais de um mês das eleições que vão definir a nova composição da mesa diretora, nenhum dos pretendentes recuou da pretensão. Também não apresentaram chapas ou apresentaram propostas administrativas para os próximos dois anos.
Os votos do petebista - que pediu licença da Câmara depois de ter sido liberado pela Polícia Federal (PF), sob pagamento da fiança de R$ 14 mil -, dependem do apoio do prefeito Dário Berger (PSDB).
Caso o tucano mantenha o vereador na liderança do governo e manifeste apoio para sua condução à presidência da Câmara, o vereador mantém sua candidatura oxigenada.
O afastamento das funções, no entanto, abre espaço para o único correligionário do governador eleito Luiz Henrique da Silveira (PMDB) com vontade de disputar o pleito: João Itamar da Silveira, o João da Bega.
O peemedebista já deixou claro que não vai desistir da presidência e se dispôs a dividir o mandato "desde que fique com o primeiro ano". O prefeito ainda não definiu para quem dará apoio.
Nem o presidente atual, Marcílio Ávila (PMDB). "Vou esperar até as chapas se apresentarem", disse. A mesa atual da Câmara é composta por Marcílio na presidência, João Batista, como vice-presidente, Márcio de Souza (PT), 1o secretário, e Jair Miotto (PTB) na segunda secretaria.

Culpa

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 17/11/2006

Pode-se afirmar que é próprio da natureza humana olhar o passado com melancolia, como se o bom e o interessante não tivessem presente e nem futuro.
Nessa complexa operação mental, até o péssimo e o deletério ganham uma aura mágica, como revelou, em entrevista à rádio CBN/Diário, o prefeito Dário Berger, referindo-se ao episódio em que o seu líder na Câmara de Vereadores, o irrequieto Juarez Silveira, foi flagrado, na semana passada, pela polícia contrabandeando uísque e champanha do Uruguai.
Nosso alcaide disse, literalmente, estar convencido de que o episódio teve repercussão maior do que o próprio fato.
Então ficamos assim: a culpa é de quem divulgou a notícia da prisão, e não se fala mais nisso. Em política, o buraco continua sendo um pouco mais abaixo.

RESPEITO

A Notícia ; Raul sartori ; 17/11/2006

· O vereador Juarez Silveira cometeu o erro - foi preso contrabandeando do Uruguai 170 litros de bebida - e tem que pagar por isso. Mas se for eleito presidente da Câmara, a respeitabilidade do Legislativo da Capital, que já anda muito baixa, afundará de vez diante da opinião publica. Seria uma desmoralização total.

Wednesday, November 15, 2006

Solidariedade

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 15/11/2006

Guilherme Grillo foi um dos primeiros políticos a visitar Juarez Silveira no S.O.S. Cárdio. Chegou a beijar o vereador no rosto.
O gesto foi interpretado como mais uma prova de que o neto do doutor Aderbal já perdoou o colega, seu algoz no escândalo do grampo. Aliás, Juarez, que está de licença médica, mas remunerada, não está na cama, como se espera de um doente, mas na rua, fazendo o que gosta: dando entrevistas, telefonemas, contatos e recebendo muita solidariedade.
Dos colegas da Câmara, que nunca pensaram em cassá-lo por falta de decoro parlamentar, do prefeito Dário Berger, de amigos jornalistas e de boa parte da hight society, especialmente aqueles que estavam mapeados para ganhar o seu litrinho de uísque from Uruguai no final do ano. Esse Juju dá um banho. É o melhor. A cidade sem ele ficaria sem graça.

Licença

Coluna Carlos Damião ; 15/11/2006

Juarez Silveira se licenciou do cargo de vereador por 15 dias. Quer deixar a poeira baixar. Ele, como muitos, suspeita que sua prisão foi uma armação dos inimigos. O que não é impossível, visto a quantidade de gente que não gosta de Juarez.
Já há quem diga que, depois dessa, dificilmente o nobre edil conseguirá se reeleger em 2008 para mais um mandato – logo ele, que é campeão de votos (são quase 20 anos de Câmara).

Tuesday, November 14, 2006

Complicado

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 14/11/2006

Em seu desabafo, ontem de manhã, ao colega Mário Motta, pela Rádio CBN/Diário, o vereador Juarez Silveira, detido com 180 garrafas de uísque contrabandeadas do Uruguai, sem convencer nas explicações e abusando da ironia, na hora em que tentou falar sério, conseguiu incriminar-se mais ainda perante o eleitor ao revelar que está levando o empresário Fernando Marcondes de Mattos para investir em um resort em Canela, na serra gaúcha, onde seu sogro tem hotel.
E eu que pensei que um vereador fosse eleito e pago para defender os interesses da sua cidade?

Juarez pede licença da Câmara

Diário Catarinense ; João Cavallazzi ; 14/11/2006

Indiciado pela Polícia Federal (PF) sob acusação de ter cometido o crime de contrabando, o vereador Juarez Silveira (PTB), líder do governo na Câmara da Capital, tirou licença de 15 dias para tratamento de saúde.
De acordo com ele, a decisão foi tomada depois de uma consulta médica ontem à tarde.
O exame teria detectado arritmia (alteração nos batimentos cardíacos), razão pela qual o médico particular do vereador, Oscar Zomer, sugeriu que tirasse uns dias para "descanso".
O vereador, que por volta das 16h foi à Câmara, reconheceu que cometeu um "erro" mas disse que não é "contrabandista" nem "bandido".
Garantiu que vai pagar os impostos devidos e tentar reaver as bebidas, que, segundo ele, seriam usadas em festas particulares ou dadas de presente no fim do ano. Silveira acrescentou ainda que continua sua campanha para ser o novo presidente da Casa e que sua saída da liderança do governo depende do prefeito Dário Berger (PSDB), com quem teria uma reunião ontem à noite. Patrulheiros rodoviários federais pararam a caminhonete guiada pelo vereador, na noite de quinta-feira, em uma blitz de rotina no trecho da BR-101 que passa por Palhoça, na Grande Florianópolis.
Dentro do veículo, os policiais constataram que havia caixas com cerca de 170 litros de uísque e vinho comprados na cidade uruguaia de Rivera, na fronteira com o Rio Grande do Sul. Como não comprovou o pagamento de impostos, já que a mercadoria excedia a cota permitida para compras livres de taxas, Silveira recebeu voz de prisão.
Quando soube que seria levado para a sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), começou a passar mal. Internado em uma clínica particular, na noite de quinta, foi autuado no artigo 334, do Código Penal.
O vereador escapou de ir para a carceragem da PF na noite de sexta-feira, quando a Justiça Federal arbitrou R$ 14 mil de fiança. Sábado pela manhã deixou a clínica.
- O dinheiro para pagar minha fiança veio de amigos meus e familiares. Os nomes vão estar na minha declaração de imposto de renda - afirmou Silveira, que negou veemente que o prefeito Dário Berger (PSDB) tenha emprestado a quantia, como chegou a ser especulado.

Conversa com Dário

Diário Catarinense ; 14/11/2006

O prefeito Dário Berger afirmou ontem que só vai discutir a situação do seu líder na Câmara da Capital quando o vereador Juarez Silveira (PTB) retornar da licença médica de 15 dias, que tirou ontem.
A decisão foi tomada no final da tarde, após uma conversa entre ambos. Por enquanto, não há motivos para afastar o vereador da liderança do Executivo, informou Berger através do secretário municipal de Comunicação, jornalista Ariel Bottaro Filho.
Desde a prisão do vereador, na noite de quinta-feira, o prefeito evita falar publicamente sobre o assunto.
Amigo de infância de Silveira, Berger prestou solidariedade ao vereador na manhã de sexta-feira, quando ligou para a clínica para saber seu estado de saúde.
- Ficar na liderança do governo ou não é uma decisão do prefeito, não cabe a mim decidir. Confesso que não estou preocupado com isso, só me preocupo mesmo é com o julgamento dos meus eleitores.

DEDO-DURO

A Notícia ; Raul Sartori ; 14/11/2006

Para alguns amigos, o vereador e líder do governo na Câmara de Florianópolis, Juarez Silveira, jura que teve um dedo-duro no espetaculoso flagrante da Polícia Federal, que o prendeu por contrabando de bebidas, quinta-feira.

Liberado pela PF, vereador pede licença

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 14 / 11/2006

Após pagar fiança de R$ 14 mil para ser liberado pela Polícia Federal, o vereador Juarez Silveira (PTB) pediu licença médica de 15 dias dos trabalhos no Legislativo. Enquanto estava depondo ao delegado, na quinta-feira, o vereador passou mal e ficou dois dias internado na clínica SOS Cárdio, no Centro de Florianópolis.
O futuro político de Juarez, no entanto, é incerto.
Quando retonar aos trabalhos, ele vai conversar com o prefeito Dário Berger (PSDB) sobre a sua permanência como líder da bancada governista.Os rumores de que o petebista seria sacado do cargo começaram antes da prisão e logo após o segundo turno das eleições e davam conta de insatisfação do prefeito com o comportamento de seu líder de governo.
Um dos motivos seriam as freqüentes críticas do petebista à condução da administração municipal e a aliados do prefeito - como dirigentes da campanha para governador de Luiz Henrique (PMDB) em Florianópolis.
Mas a versão mais forte para a saída de Juarez da liderança tem relação com os elogios que o vereador fez ao casal Amin (Esperidião e Angela) em período eleitoral.
Isso teria desagradado Dário, que vê neles os principais rivais para o pleito de 2008. A saída de Juarez poderia se refletir também na exoneração de Renato de Souza, secretário de Urbanismo e Serviços Públicos (Susp), cunhado do vereador.
"Até agora o prefeito não me disse nada quanto à liderança do governo. O que importa é ser líder do povo e vou seguir na Câmara enquanto for eleito", disse Juarez.
Sobre a prisão, o parlamentar afirmou que foi bem tratado pela Polícia Federal, inclusive com a presença de um médico durante o depoimento.
Sua reclamação recai apenas sobre a velocidade com que a imprensa ficou sabendo da história. "Quando começaram (patrulheiros da Polícia Rodoviária Federal) a vistoriar as malas, já apareceu uma equipe de TV", registrou. O vereador foi flagrado, quando retornava do Uruguai, com 164 garrafas de bebidas alcoólicas sem nota fiscal.
Rendeu

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 13/11/2006

A prisão do vereador Juarez Silveira, como não poderia ser diferente, foi o assunto do final de semana na Ilha. Seus inimigos, que não são poucos, produziram as mais variadas piadas com a situação.
No Mercado, sexta-feira, não havia quem não tivesse a sua versão na ponta da língua (venenosa) para a prisão do líder do governo na Câmara.
A manezada quer saber, agora, qual é a festa que vai ficar sem uísque no fim do ano? Juarez tem tudo para dar a volta por cima.
É forte, já saiu de outras piores e tem quem lhe faça cafunés.

Bolão

A Notícia ; Raul Sartori ; 13/11/2006

Nos corredores da Câmara de Florianópolis corre uma aposta para saber de quem era a festa que contratou o vereador Juarez Silveira como barman. Para muitos, Juju queria festejar a sua indicação para um cargo no novo mandato do governador reeleito. O certo é que essa festa está dando dor de cabeça antes de começar.

Prestigiado

Coluna Paulo Alceu ; 13/11/2006
-Apesar do incidente com a Polícia Federal o vereador Juarez Silveira continua o preferido do prefeito Dário Berger para comandar o Legislativo municipal nos próximos dois anos.
-O prefeito Dário Berger durante um jantar, revelou que vai trabalhar para que seu líder de Governo, Juarez Silveira, obtenha maioria na Câmara.
-Tudo indica que Silveira receba inclusive apoio da bancada oposicionista - PP - com o aval da deputada federal eleita Angela Amin.

Saturday, November 11, 2006

Vereador deixa clínica

Diário Catarinense ; 12/11/2006

O vereador Juarez Silveira foi liberado pelos médicos da clínica SOS Cárdio, na Capital, no início da manhã de sábado. Segunda-feira ele será submetido a novos exames. O vereador, preso em flagrante por contrabando, foi liberado pela PF ao pagar R$ 14 mil de fiança.

O passeio do Juarez

Coluna Cesar Valente ; 12/11/2006

Florianópolis, cidade que cultiva um amor apaixonado pela fofoca, pela desgraça alheia, amanheceu ontem em festa: afinal, não é todo dia que um vereador é apanhado numa blitz da Polícia Rodoviária Federal com a caçamba cheia de bebida.
Claro que o fato do Juarez ser líder do Governo Municipal (embora viva às turras com o prefeito), diretor da Codesc e amicíssimo do influente Içuriti Pereira só aguçam a curiosidade e amplificam o fato.Ele garante que, feitas as contas, só excederam a cota de importação em US$ 200 (a cota é de US$ 150 por pessoa e eles estavam em três).
O fato em si não deverá ter maiores conseqüências. Imagino que não se conseguirá comprovar que a “muamba” era para vender. Trata-se apenas de um festeiro prevenido que foi abastecer sua adega particular para a festa de seu casamento e as festas de final de ano.
Talvez escape com uma multa ou coisa parecida.
O problema maior é justamente ter o nome circulando nas rodas de conversa, na boca do povo.
Além do vexame público que é ter sido apanhado por uma blitz de rotina, há a circunstância inevitável da fofoca: quem conta um conto aumenta um ponto.
Fatos passados, presentes e futuros relacionados ou não ao vereador são adicionados à história nem que seja só para fazer graça ou para mostrar intimidade com o caso.
E o Juarez acaba, nestas horas, colhendo o fruto das posições polêmicas, dos confrontos políticos e das suas atitudes que, ao longo de sua carreira, foram certamente criando inimigos e desafetos.
Todos eles, ontem e hoje, devem estar exultantes.
E é nessas horas que aparecem aquelas “amigos da onça”.
A parte boa desta notícia é o fato que a Polícia Rodoviária Federal (ou pelo menos seu Grupo de Operações Especiais) não tenha se deixado impressionar pelo fato do vereador ser diretor de uma estatal, nem pela extensa relação de amigos bem posicionados em umas tantas áreas, que o Juarez, se quisesse, poderia ter acionado.
A parte ruim é todo o resto.
Mais um

Diário Catarinense ; Cacau Menezes ; 11/11/2006

Quem sabe agora, com esse outro escândalo (foi preso com bebidas contrabandeadas no carro), o nobre vereador Juarez Silveira volte a se lembrar daquela velha e indispensável característica dos grandes homens: a humildade. Juju, líder do governo na Câmara, com excesso de poder e influência, vinha se considerando o dono da cidade, com seus 4 mil votos. Contrabando caracteriza quebra de decoro parlamentar, mas é absolutamente certo que Juarez Silveira jamais será cassado pelos seus colegas por "tão pouco".

Diário Catarinense ; Moacir Pereira ; 11/11/2006

Vereador Juarez Silveira (PTB) está licenciado da diretoria da Codesc até o dia 15 de novembro. Antes do flagrante da Polícia Rodoviária, era um dos nomes mais fortes para a eleição do presidente da Câmara Municipal.

Vereador admite compra de bebida

Diário Catarinense ; 11/11/2006

A Polícia Federal (PF) ouviu, ontem à tarde, o vereador Juarez Silveira, da Capital, acusado de contrabando. Segundo a assessoria de comunicação da PF, o político confirmou que trouxe os cerca de 170 litros de bebidas alcoólicas de Rivera, no Uruguai.
A cota livre de importação é de quatro litros por pessoa. Como Silveira estava com dois sobrinhos em uma caminhonete Hilux, o limite seria de 12 litros. Mas o carregamento superou em quase 14 vezes o permitido.
De acordo com o vereador, uma parte da carga seria consumida no seu aniversário de casamento, adiado por causa de problemas de saúde de seu pai.
O restante seria distribuído como presentes de fim de ano.
Na quinta-feira, Silveira e os sobrinhos foram parados em uma blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF), às 20h30min, no posto em Palhoça.
O vereador foi detido com caixas de uísque, champanhe e licor, mas não chegou a ser levado para a Superintendência da PF, em Florianópolis. Ele alegou que sentia dores no peito e foi encaminhado a uma clínica de cardiologia. Apenas ontem a delegada Júlia Vergara tomou o depoimento de Silveira.
A delegada, que ouviu o político no centro médico, não quis passar mais informações, alegando que não preside o inquérito e que só agiu porque estava de plantão.
O advogado de Silveira, Rodrigo Silva, entrou com pedido de liberdade provisória na Vara Federal Criminal da Capital. O juiz federal João Batista Lazzari estipulou fiança de R$ 14 mil, por volta das 21h de ontem. Silva alegou que seu cliente foi ao Uruguai passear com os sobrinhos e, "como todo o brasileiro trouxe as mercadorias".
Na sua opinião, o fato teve maior repercussão por envolver um vereador.
- Por que não prendem as pessoas que comprar no camelô sem nota fiscal? Por que os camelódromos continuam abertos? - questionou o advogado.
Os dois sobrinhos que estavam com Silveira foram soltos na madrugada de sexta-feira.


Prisão de vereador é tratada com cautela

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 11/11/2006

Apesar de ter sido preso na tarde de quinta-feira, o vereador Juarez Silveira (PTB) continua como líder do governo na Câmara da Capital.
Antes de tomar qualquer atitude em relação ao afastamento ou não de Juarez, o prefeito Dário Berger (PSDB) pretende esperar pelo desenrolar dos fatos e pelas informações oficiais da Polícia Federal (PF).
Segundo o secretário de Comunicação, Ariel Bottaro, o prefeito soube pelos jornais que Juarez permanece internado em clínica médica - após passar mal na superintendência da PF da Capital - e que a investigação está apenas no início. Na Câmara de Vereadores, a notícia também não chegou de forma oficial e, por isso, nenhuma ação parlamentar foi definida.
"Não vou emitir juízo sem informações e não falo em tese. Primeiro deve-se ter os elementos para fazer qualquer coisa", afirmou Ptolomeu Bittencourt Júnior (PFL) Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, ele pensa de maneira semelhante à Marcílio Ávila (PMDB).
"O conselho só abre qualquer processo se alguém pedir instauração", falou Marcílio, presidente do Legislativo municipal.Juarez Silveira está preso sob acusação de ter cometido crime de descaminho: trazer produtos estrangeiros (considerados legais no Brasil) sem pagar impostos de importação.
Quando iria começar a prestar depoimento ao delegado da PF, o vereador passou mal e foi encaminhado à clínica SOS Cárdio, na rua Trompovsky, Centro, com quadro de hipertensão.
Ele passa bem, mas ainda não se sabe quando receberá alta da clínica, onde está escoltado por dois agentes federais. O vereador do PTB foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), no posto de Palhoça, com 164 garrafas de bebidas alcoólicas sem nota fiscal.
Ele vinha de Rivera, no Uruguai, e trazia uísque do tipo Johnny Walker Red, champanhes, vinho do Porto, vinho Santa Helena, caixa de licor Amarula e de energéticos. No Uruguai, as bebidas custam cerca de R$ 3,5 mil.
No Brasil, elas podem valer quatro vezes mais. Segundo informações de bastidores, o vereador pretendia distribuir as garrafas como presentes de final de ano. Juarez ocupava uma Toyota Hilux com dois sobrinhos: Eduardo Pires e Renato Silveira Souza.
O vereador assumiu sozinho a responsabilidade pelo delito e a polícia liberou os rapazes.
Caso não consiga alvará de soltura até receber alta pelos médicos, o vereador será levado para uma cela da superintendência da Polícia Federal, na avenida Beira-mar Norte.

Grillo também foi detido no início de 2005

A Notícia ; Daniel Cardoso ; 11/11/2006

A prisão de Juarez Silveira (PTB) é o segundo caso policial da atual legislatura da Câmara de Vereadores.
O primeiro também envolveu o petebista, mas, na época, ele foi vítima. Em 28 de janeiro de 2005, a Polícia Civil prendeu o vereador Guilherme Grillo (PP), acusado de utilizar uma central telefônica clandestina no mesmo prédio onde Juarez era síndico.
Quando foi preso, Grillo estava com as chaves do apartamento da família - no mesmo prédio de Juarez - com uma fita no bolso. O pepista negou a utilização do grampo e chegou a acusar Silveira de armação para prejudicá-lo.
O vereador foi solto ao pagar fiança e escapou de ser enquadrado eticamente na Câmara.
O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar apurou o caso e emitiu parecer favorável inocentando o vereador.
O relator, João da Bega (PMDB), afirmou que o conselho não podia aplicar as penalidades previstas por não encontrar tipificada a conduta do progressista no código de ética interno.
Em abril de 2005, o parecer foi aprovado em plenário por 9 votos contra 4.
Grillo não recebeu qualquer punição no Legislativo.

Friday, November 10, 2006

Vereador é detido por contrabando

Diário Catarinense ; 10/11/2006

O vereador Juarez Silveira foi levado para a Superintendência da Polícia Federal, na noite de ontem, quando transportava de Rivera, na fronteira do Brasil com o Uruguai, para Florianópolis, caixas de uísque e de champanhe.
Até o fechamento desta edição, ele prestava depoimento e não havia uma definição se ele ficaria detido ou se seria liberado.
Silveira e outras pessoas - o número e os nomes ainda não haviam sido divulgados pela PF até o começo da madrugada de hoje - viajavam numa caminhonete Hilux pela BR-101 Sul.
Eles foram parados numa blitz de rotina da Polícia Rodoviária Federal, às 20h30min, no posto localizado em Palhoça.
O grupo foi levado para a Superintendência da PF porque, segundo a polícia, não possuía notas fiscais dos produtos.
Como as bebidas estavam acima da cota livre de importação, Silveira e seus amigos podem ser acusados de contrabando. O delegado federal que estava ouvindo o vereador e seus acompanhantes abriu inquérito para investigar o caso.

Thursday, November 02, 2006

Feio

Coluna Paulo Alceu ; 2/11/2006

O bate-boca entre o líder do governo Juarez Silveira e o prefeito Dário Berger quase acabou em “sopapos”. Os “deixa disso” seguraram. Mais uma vez se desentenderam e no meio a ex-prefeita Ângela Amin.

Vereador avalia reflexos da crise na Prefeitura

A Notícia ; Upiara Boschi ; 29/10/2006

Pego de surpresa quando os secretários Gean Loureiro (Continente, Governo e Planejamento), Filipe Mello (Administração), Rodolfo Pinto da Luz (Educação) e Ildo Rosa (Defesa do Cidadão e Ipuf) anunciaram o pedido de demissão coletiva, há pouco mais de uma semana, o vereador Juarez Silveira (PTB) recebeu a reportagem do AN Capital durante a semana para avaliar a crise administrativa que atingiu a gestão Dário Berger (PSDB) às vésperas da eleição. De seu gabinete - com vista para a Catedral Metropolitana, praça 15 de Novembro e ponte Hercílio Luz - o líder do governo na Câmara comentou o episódio, fez um balanço das dificuldades enfrentadas por Berger nesses dois anos de mandato e sobre sua própria atuação na liderança.

AN Capital - O senhor vai trocar esse gabinete por uma vaga no secretariado? Juarez Silveira - Não sei (risos), não tive convite.

ANC - E se tivesse?
Silveira - No primeiro momento, não. Porque eu vou disputar a presidência da Câmara. Quem está me lançando é o presidente da Câmara, Marcílio Ávila. Eu sou o candidato do presidente da Câmara.

ANC - Como avalia o episódio sobre o pedido coletivo de demissão de membros do secretariado?
Silveira - Isso compete e é capacidade do prefeito Dário Berger (PSDB), já que convida e são cargos de confiança dele. Mas me pegou de surpresa, porque o vereador Gean Loureiro prestou um grande serviço à administração Dario Berger, foi um bom secretário, é um bom vereador. Ele prestou um grande serviço na eleição, para ele e para o Dário. Trabalharam juntos. Toda a transição do governo Angela Amin (PP) foi ele que fez, o prefeito Dário Berger deu a chave da Prefeitura para ele, deu todas as condições. Pela primeira vez na vida eu vi um prefeito passar para um vereador toda a liberdade e toda a confiança. Dário deu toda liberdade para que o Gean comandasse toda a Prefeitura como comandou.

ANC - Foi um erro essa concentração de poder?
Silveira - Se falar que foi um erro, podem achar que eu estou com ciúme. Acho que foi a primeira vez nos meus 20 anos de mandato e 12 de serviço público que eu vi tanta liberdade e tanta confiança depositada em um vereador.

ANC - O senhor acredita que essa demissão apresentada de forma conjunta tenha representado uma forma de ganhar força dentro da Prefeitura e não um desejo de deixar a administração?
Silveira - Foi cabeça quente. Não pararam para pensar no mal que estavam fazendo para o partido.

ANC - Como o senhor recebeu a indicação de José Nilton Alexandre, o Juquinha, para a Secretaria do Continente?
Silveira - Primeiro, ele já foi vereador (em São José). Tem que respeitar a pessoa que tem quatro mandatos. Ganhar quatro vezes nas urnas é ter o reconhecimento da população.

ANC - Como avalia o desempenho da gestão Dário Berger até o momento?
Silveira - A Prefeitura é como uma casa nossa. Às vezes a gente tem dificuldade financeira, tem dificuldade de administrar. É uma herança. Cada prefeito que sai deixa uma dívida e cada prefeito que entrar tem que pagar os compromissos do anterior. Acho que a gestão Dário Berger está fazendo para os pequenos. Ele está cumprindo os compromissos de eleição. Tem muito o que fazer, a gente precisa buscar parceria. O Dário não teve recursos federais para fazer os grandes projetos e também o governo do Estado não está pagando os convênios e isso também tem nos atrapalhado muito. O governo do Estado não repassou os convênios na área social e na área de obras. Isso deixou a Prefeitura nesse momento com algumas dificuldades, mas eu tenho confiança de que o Dário será um grande prefeito.

ANC - Em alguns momentos o senhor fez discursos em plenário exigindo mudanças no secretariado, pediu a demissão do secretário-adjunto do Continente e quando o prefeito vetou o projeto que impedia a construção da subestação da Celesc na rua Ângelo Laporta foi um dos líderes da derrubada do veto. Se o senhor fosse prefeito, gostaria de ter um líder do governo na Câmara tão independente assim?
Silveira - Eu sou eleito pela população de Florianópolis. Meu compromisso é com a cidade. Estou prestando um grande serviço para o prefeito Dário Berger, com transparência no dia-a-dia com os vereadores, até da oposição que tem um bom relacionamento comigo. O prefeito Dário Berger é um prefeito moderno. Nós todos na base de governo temos que ter posição e o Dário respeita. Na verdade, esse elefante que é a (subestação) Ângelo Laporta que a Celesc fez aqui, o Dário pegou esse projeto andando da gestão anterior. A Celesc conduziu mal e a Câmara também conduziu a sua parte mal nas audiências públicas. E a comunidade não quis. A comunidade é que nos paga, que nos coloca aqui, e ela entendeu que ali não queria. Então eu não estou aqui para agradar o senhor governador ou a direção da Celesc, estou aqui para cumprir meu compromisso com a cidade de Florianópolis e com os seus eleitores.

ANC - Mesmo com a proximidade política entre o prefeito Dário Berger e o governador Luiz Henrique esses convênios não têm sido cumpridos?
Silveira - Acho que o governo não repassou todos os convênios. Hoje o prefeito esteve aqui na matriz da igreja com o vice-governador, que é o governador atual (Eduardo Pinho Moreira/PMDB), para ver a situação dos convênios - pagamentos inclusive para o arcebispo. Tem algumas coisas na área social que o governo não repassou. Florianópolis depende do governo do Estado, nós temos dificuldades também com o governo federal que não repassou e não fez nenhum convênio. O prefeito Dário está fazendo uma ginástica danada para fazer seus pagamentos, cumprir os compromissos do governo passado e do atual, mas eu acredito que vai dar certo.